14. A história do Egito e os números


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História das Frações

A história das frações remonta o Antigo Egito (3.000 a.C.) e traduz a necessidade e a importância para o ser humano acerca dos números fracionários.

Naquele tempo, os matemáticos marcavam suas terras para delimitá-las. Com isso, nas épocas chuvosas o rio passava do limite e inundava muitas terras e, consequentemente, as marcações.

Diante disso, os matemáticos resolveram demarcá-las com cordas a fim de resolver o problema inicial das enchentes.

Contudo, notaram que muitos terrenos não eram compostos somente por números inteiros, havia os terrenos que mediam partes daquele total.

Foi a partir disso, que os geômetras dos faraós do Egito, começaram a utilizar os números fracionários. Note que a palavra Fração é proveniente do latim fractus e significa “partido”.

SISTEMA DE NUMERAÇÃO EGÍPCIO

O sistema de numeração egípcio baseava-se em sete números chave: 1, 10, 100, 1.000, 10.000, 100.000 e 1.000.000, um traço vertical representava 1 unidade, um osso de calcanhar invertido representava o número 10, um laço valia 100 unidades, uma flor de lótus valia 1.000, um dedo dobrado valia 10.000, um girino representava 100.000 unidades, uma figura ajoelhada, talvez representando um deus valia 1.000.000.

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 A.C. Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.

A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).

O Estado egípcio era comandado pelo faraó. O Faraó era considerado um deus. Faraó significa “ casa grande”. Era portanto, o senhor de uma grande família, o qual concentrou poder e passou a controlar várias aldeias e cidades.

O faraó era associado a uma divindade especifica e, assim acreditava-se que ele tinha poderes sobrenaturais. Sua função era administrar todo o reino e comandar o exército. Por isso, o faraó contava com muitos os funcionários:

O vizir era responsável por aplicar a justiça, controlar a arrecadação de impostos e cuidar dos assuntos externos. 

Os sacerdotes administravam os templos e os cultos religiosos.

Os escribas eram encarregados de registrar, por escrito, os impostos arrecadados, os resultados das atividades agrícolas, a quantidade de animais no reino, entre outras informações de Estado.

A sociedade egípcia era composta, em sua maioria, de camponeses, responsáveis por cultivar a terra e cuidar dos animais. A maior parte da colheita era dada ao faraó como pagamento de tributos.

Nas cidades viviam os artesãos, que se dedicavam a ocupação como armeiros, barqueiros, pedreiros, carpinteiros e pintores. Tanto no campo quanto nas cidades havia escravos. Eles podiam desempenhar diversas ocupações que também eram realizadas por pessoas livres, como artesãos e camponeses. Em relação à população total, os escravos eram a minoria.

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