1. A Dança na cultura Africana e Afrobrasileira


Categories :

AS DANÇAS POPULARES – AFRICANAS

As Danças Africanas no Brasil

As danças africanas no Brasil começaram com os batuques, termo usado pelos portugueses para descrever os ritmos e danças dos africanos. Esse termo também era usado para denominar os cultos afro-religiosos. Com o tempo, as manifestações culturais africanas se misturaram com elementos das culturas indígena e europeia, criando uma identidade cultural única conhecida como brasileira. Esse processo explica por que temos tantas danças de matriz africana no Brasil.

Características das Danças de Matriz Africana

Uma característica marcante das danças africanas é como os grupos se organizam para dançar. Eles geralmente formam círculos, fileiras ou semicírculos, valorizando a participação de toda a comunidade. Instrumentos de percussão são fundamentais nessas danças. Muitos movimentos são realizados para celebrar eventos importantes, como casamentos, agradecimentos, rituais de passagem e até mesmo celebrações da morte, conforme a cultura de cada povo.

Danças Afro-Brasileiras

Congada

A congada, também chamada de congado ou congo, é uma expressão cultural e religiosa que combina canto, dança, teatro e espiritualidade cristã de matriz africana. Nesta festa, celebra-se Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, lembrando a proteção que esses santos deram aos escravos negros. Em algumas congadas, também se lembra de Chico Rei e da luta entre cristãos e mouros.

Diz a lenda que Galanga, nome verdadeiro de Chico Rei, era o monarca de sua tribo no Congo, e foi capturado com toda sua gente. Batizado, recebeu o nome de Francisco e durante a travessia para a colônia da América Portuguesa, o Brasil, houve uma grande tempestade.

Os marinheiros, com medo que o navio virasse, jogaram ao mar a esposa e a filha de Chico, para que as águas se acalmassem.

Quando chegaram aqui, em 1740, Chico e seu filho foram comprados e levados para a região das minas, a Vila Rica, atual Ouro Preto. Desta maneira, Chico se põe trabalhar dia após dia e reúne uma grande quantidade de metal, o suficiente para comprar sua alforria, a do filho e a de mais de 200 escravos.

Os escravos que foram libertos por ele passaram a tratá-lo como rei, ao mesmo tempo que se levantava a igreja de Santa Efigênia.

Todos os anos, antes da missa dedicada a Nossa Senhora do Rosário, no dia 7 de outubro, acontecia o cortejo onde se cantava, dançava e se honrava Chico Rei.

A congada é celebrada em várias partes do Brasil, geralmente em maio e outubro, meses dedicados a Nossa Senhora. Em algumas regiões, a festa ocorre em dezembro.

Maracatu

O maracatu é uma manifestação do folclore brasileiro que envolve dança e música. Sua origem remonta ao Brasil Colonial e resulta da mistura das culturas africana, portuguesa e indígena. É uma expressão genuinamente brasileira, criada no estado de Pernambuco, especialmente nas cidades de Olinda, Recife e Nazaré da Mata.

Tradicionalmente, o maracatu se organiza em torno de um cortejo real, liderado por um “Rei” e uma “Rainha” que representam figuras da realeza africana. O cortejo é acompanhado por personagens típicos, como a “Dama do Paço”, o “Porta-Estandarte”, os “Caboclos de Lança” e as “Baianas”. Todos esses personagens têm trajes coloridos e elaborados, repletos de significados simbólicos.

 

Instrumentos e Ritmos

A música do maracatu é marcada por uma forte presença de instrumentos de percussão, como alfaias (grandes tambores), caixas, ganzás e gonguês. Esses instrumentos criam um ritmo intenso e envolvente, a espinha dorsal do maracatu. Os cantos são outro elemento fundamental, e muitas vezes contam histórias, fazem referências religiosas ou trazem mensagens de resistência e esperança.

Evolução e Importância Cultural

Ao longo dos séculos, o maracatu evoluiu e se adaptou às mudanças sociais e culturais do Brasil. No século XX, especialmente a partir da década de 1930, o maracatu começou a ganhar maior visibilidade e reconhecimento, sendo incluído em e ventos e festivais de cultura popular. Hoje, é uma expressão cultural importante, não apenas em Pernambuco, mas em todo o Brasil. Ele simboliza a resistência e a resiliência das tradições africanas, e sua prática é uma forma de preservar e celebrar a diversidade cultural do país.

Olá, queridos alunos!

Temos uma atividade muito especial pela frente, onde vamos explorar e vivenciar as contribuições modernas da nossa herança africana na dança brasileira. Esta será uma oportunidade para todos nós entendermos e valorizarmos ainda mais as influências que moldaram e continuam a moldar nossa identidade cultural. Vamos aprender sobre as raízes africanas presentes em diversas manifestações culturais contemporâneas.

Oficina de Dança e Música: Vamos participar de uma oficina onde aprenderemos ritmos e danças afro-brasileiras modernas. Profissionais convidados nos ensinarão passos e nos mostrarão como esses estilos musicais evoluíram a partir de raízes africanas.

Vamos juntos embarcar nessa jornada de descoberta e celebração das contribuições modernas da herança africana na nossa cultura. Será um momento de aprendizado, respeito e valorização das nossas raízes. Estamos ansiosos para compartilhar essa experiência com vocês!

7 thoughts on “1. A Dança na cultura Africana e Afrobrasileira”

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *