2. Poesia… a linguagem do sentimento


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Você já leu algum poema? Sabe o que faz desse estilo algo diferente? São textos ou composições faladas compostas por versos. Os versos são as linhas de um poema. As estrofes são o conjunto de linhas. Essas linhas muitas vezes trazem uma rima e um significado que nos despertam vários sentimentos.

Um poema é um texto literário composto de versos, e que podem conter rimas ou não.

Assim, diferente da prosa, escrita em texto corrido, o poema é escrito em versos que se agrupam em estrofes.

Esse texto é um poema. O poema é dividido em estrofes e versos. Verso é cada uma das linhas de um poema e estrofe é um conjunto de versos.

Vamos ler este poema?

IDENTIDADE
Às vezes nem eu mesmo sei quem sou.
Às vezes sou “o meu queridinho”,
Às vezes sou o “moleque malcriado”.

Para mim tem vezes que eu sou rei,
Herói voador,
Caubói lutador,
Jogador campeão.

Às vezes sou pulga,
Sou mosca também,
Que voa e se esconde
De medo e vergonha.

Às vezes eu sou Hércules,
Sansão vencedor,
Peito de aço goleador!

Mas o que importa
O que pensam de mim?
Eu sou quem sou,
Eu sou eu,
Sou assim,
Sou menino.

Tipos de rima

As rimas são classificadas de acordo com o esquema utilizado no poema.

  • Rimas alternadas: esquema de rimas formado entre versos pares e os versos ímpares.
  • Rimas opostas: esquema de rimas formado entre o primeiro e o quarto verso, e entre o segundo e o terceiro verso.
  • Rimas emparelhadas: esquema de rimas formado entre o primeiro e o segundo verso, e entre o terceiro e o quarto verso.
  • Rimas internas: esquema de rimas formado no interior dos versos.

Ritmo

O ritmo é a melodia do verso. Trata-se de um elemento muito importante, produzido de maneira intencional conforme as palavras escolhidas pelo escritor.

Exemplo de poema com ritmo

Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.

Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.

(…)

(Trecho do poema I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias)

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